O homem caracterizado por ser “o ser racional”, na hora de investir acaba se desviando dessa nomenclatura, aderindo os atalhos mentais conhecidos como vieses comportamentais ou heurísticas do investidor. Ou seja, agindo se maneira inconsciente e fugindo da racionalidade, o investidor na hora de tomar a decisão é influenciado pela emoção. Dito isso, uma menção as principais heurísticas se faz necessária para seus respectivos entendimentos.

A Heurística da Representatividade
A heurística da representatividade se caracteriza no apoio em condições vividas no passado para tomar como base para uma decisão no presente. Observe que, em uma situação cotidiana, um indivíduo vê alguém dirigindo um Porsche. Logo, no seu subconsciente, ele conclui que tal pessoa é rica, pois o seu estado mental baseado em situações passadas é “convencido” que dirigir um carro de luxo representa riqueza. A mesma coisa acontece nos investimentos, um exemplo muito forte é o investidor que opta por uma aplicação pautado apenas no rendimento passado.
A Heurística da Disponibilidade
Presente em diversas situações, temos a heurística da disponibilidade. Ela é marcada por uma decisão baseada em emoções oriundas de acontecimentos ou experiências pessoais recentes. E tem completa ligação com disponibilidade das informações em sua memória. Imagine que um investidor deseja investir e se encontra na etapa de decidir em qual empresa aportar. De cara ele já elimina algumas opções pelo fato frustrações recentes, onde teria investido em determinadas instituições e logo após as ações despencaram. Perceba a disponibilidade das lembranças, elas estão “fresquinhas” em sua memória e por essa razão ele descartou opções de investimento sem analisar o mercado.
A Heurística da Ancoragem
Na ancoragem como o próprio nome já diz, o investidor se ancora em determinado dado ou fato, dando mais valor e destaque a uma informação inicial. Um exemplo bem simples e presente na nossa vida real são as promoções. Quase todo mundo, pelo menos uma vez, já se deparou com produtos com descontos absurdos. Antes com um preço alto, depois com preço bem abaixo do inicial, dando a impressão de que compensa muito comprar, afinal nos ancoramos no primeiro preço apresentado.
A Heurística da Aversão a Perdas
Por fim, temos o viés da aversão a perdas evidenciando um estudo muito conhecido, onde é relatado que a dor da perda gera mais impacto do que o prazer do ganho. Da mesma forma acontece no mundo de investimentos, que por razão dessa heurística coloca mais destaque no risco e no medo de perder, consequentemente deixam de realizar aplicações com grande potencial de rendimentos.
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Texto Escrito por Marcela Azevedo. Revisado por Brayan Souza.